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06 maio, 2022

Autoestima e aceitação das cicatrizes

 

As queimaduras mudam o olhar das pessoas sobre o mundo por medo de serem julgadas, excluídas, vítimas de bullying entre outras situações desagradáveis. Essas marcas podem atingir a vida das pessoas desde a fase infantil, adolescência ou até mesmo na fase adulta. Essas cicatrizes pelo corpo fazem que as pessoas se sintam inseguras sobre sua aparência, sobre si mesmo, deixando-as vulneráveis perante a sociedade. Já a aceitação é um processo mais lento que varia de pessoa para pessoa, tornando-se um caminho difícil para a pessoa e as pessoas que vivem que perto dela.


A aceitação do seu corpo e inspiração para outras pessoas

A Diretora Executiva da Instituição ANAVIQ, Marilce Chagas, sofreu uma queimadura em um acidente com álcool em uma brincadeira na infância. Na adolescência sofreu com preconceito dos colegas por suas cicatrizes, até encontrar seu marido (namorado naquela época) que conseguiu elevar sua autoestima e enxergar sua beleza.

“As minhas cicatrizes de queimadura foram causadas por um acidente com álcool durante uma brincadeira quando eu tinha 8 anos. Somente na minha adolescência eu me dei conta da proporção do acidente, por ser uma fase de descobertas, eu me sentia insegura e com medo de mostrar para as pessoas ao meu entorno como eu realmente era. Principalmente aqueles olhares curiosos e julgadores. Foi na adolescência (aos 15 anos) que conheci meu primeiro e único namorado (atualmente meu marido). Foi ele quem me fez enxergar a minha beleza. Até então eu não usava saias, shorts, vestidos e evitava ir à praia/piscina. Atualmente, eu amo ir à praia/piscina, não me sinto intimidada ao usar uma roupa que exiba minhas marcas das cicatrizes, e não tenho vergonha em mostrar quem eu realmente sou.

Sem dúvida, foi um longo processo para que eu pudesse olhar com amor para aquela imagem que eu via refletida no espelho.

Pra mim, as minhas cicatrizes foram essenciais para moldar a mulher que sou hoje, forjou o meu caráter. Além disso, elas não me impediram de seguir meus sonhos, de construir uma família e uma profissão, nem me diminuiu como mulher”

Foto: Arquivo pessoal

Foto: Arquivo pessoal

Foto: Arquivo pessoal

Foto: Arquivo pessoal


Portanto, a autoaceitação é um processo demorado que envolve vários fatores como: financeiro, psicológico, emocional entre outros aspectos que pode levar anos até a pessoa de fato conseguir se auto aceitar para si mesma e perante a sociedade. A ajuda dos familiares é fundamental para que o indivíduo não se sinta sozinho e desamparado e tenha uma evolução mais rápida diante da sua dor.

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